terça-feira, 15 de maio de 2018

Ó Divino

A celebração do Divino Espírito Santo teve origem na promessa da rainha, Dona Isabel de Aragão, por volta de 1320. A Rainha teria prometido ao Divino Espírito Santo peregrinar o mundo com uma cópia da coroa e uma pomba no alto da coroa, que é o símbolo do Divino Espírito Santo, arrecadando donativos em benefício da população pobre, caso o esposo, o rei Dom Dinis, fizesse as pazes com seu filho legítimo Dom Afonso, herdeiro do trono.  
De acordo com os documentos, Dona Isabel não se conformava com o conflito entre pai e filho legítimo pelo direito ao trono. Era  desejo do rei que a coroa portuguesa passasse, após sua morte, para seu filho bastardo, Afonso Sanches. Diante do confronto, a rainha Isabel passou a suplicar ao Divino Espírito Santo pela paz entre seu esposo e seu filho. A interferência da rainha teria evitado a batalha denominada Peleja de Alvalade.
Essas celebrações aconteciam cinquenta dias após a Páscoa, comemorando o dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu do céu sobre a Virgem Maria e os apóstolos de Cristo sob a forma de línguas como de fogo, segundo conta o Novo Testamento.
 Os festejos do Divino eram realizados na época das primeiras colheitas, no calendário agrícola do hemisfério norte, marcados pela esperança na chegada de uma nova era para o mundo dos homens, com igualdade, prosperidade e abundância para todos.A devoção ao Divino encontrou um solo fértil para florescer em territórios portugueses, especialmente no arquipélago dos Açores. De lá, espalhou-se para outras áreas colonizadas por açorianos, como a Nova Inglaterra, nos Estados Unidos da América, e diversas partes do Brasil. Em Santa Catarina, a Festa do Divino é amplamente celebrada, com ruas enfeitadas e quermesses.





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